CNH sem autoescola: a mudança que pode democratizar a habilitação no Brasil

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou uma resolução de forma unânime o fim da obrigatoriedade de frequentar autoescola para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Brasil. A mudança representa uma desburocratização importante no acesso ao documento e só passa a valer após a publicação da medida no Diário Oficial da União (DOU).​

A proposta tem como objetivo principal reduzir os custos para quem deseja tirar a CNH e democratizar o processo de CNH, dando acesso ao cidadão que não tenha porventura se habilitado por falta de recursos financeiros.​

Mesmo com o fim da obrigatoriedade de autoescola, a CNH continuará dependendo da aprovação nas provas teórica e prática aplicadas pelos órgãos de trânsito.

Na prática, isso significa que o candidato continuará precisando se preparar para o exame de legislação e para o exame prático de direção veicular, mas terá mais liberdade para escolher como estudar e com quem praticar.​

Uma das principais mudanças está no ensino teórico. O Ministério colocará todo o conteúdo teórico necessário para a formação do condutor disponível on-line, de forma gratuita para o candidato. Assim, quem quiser poderá estudar em casa, com acesso direto ao material oficial, sem custo adicional.​

Para quem preferir o modelo tradicional, continuará sendo possível fazer o curso presencialmente em autoescolas ou instituições credenciadas pelos órgãos de trânsito. Ou seja, a autoescola deixa de ser obrigatória, mas permanece como opção para quem busca acompanhamento mais próximo ou aulas em sala.​

Outra alteração relevante está na carga horária mínima de aulas práticas obrigatórias (duas aulas). As aulas práticas não deixam de existir, mas a formação fica mais flexível e menos custosa para o candidato, quem deve buscar sempre preparar-se para a avaliação final no exame prático.​

Além das autoescolas, o candidato poderá contar com instrutores autônomos para as aulas práticas. Esses profissionais serão autorizados pelos DETRANs e fiscalizados pelos órgãos estaduais de trânsito, seguindo critérios padronizados nacionalmente.​

A biometria, exames médico e psicotécnico continuam sendo obrigatórios e realizados de forma presencial e deixa de existir o prazo de validade máximo para que o candidato complete o processo de habilitação.

Apesar da aprovação unânime no Contran, as novas regras ainda não estão em vigor.

A alteração no processo de obtenção da CNH começa a valer apenas a partir da publicação oficial no Diário Oficial da União (DOU). Até lá, todo o sistema continua funcionando com as normas atuais, incluindo a obrigatoriedade de autoescola e a carga horária hoje exigida.​

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